Nas gafieiras da vida foi que aprendeu todos os passos da malancrice. Uma dose de malícia pra acompanhar um petisco de sorte. Seguia assim, tirando o sossego da gandaia, dando pernada, dando rasteira. Era quizumba a noite inteira. Mas quando o dia raiava, pedia a saideira e levava o molejo ladeira a baixo. De terno branco e chapéu de lado era o terror da mulherada. De manhã cedo todas pintadas, não comiam, não estudavam, elas só queriam, só pensavam em namorar.
E o malandro estava à toa na vida quando um olhar lhe flechou, virou alvo de donzela que nem mulata era. Aposentou-se da boemia e só pra contrariar, aos pés da santa cruz jurou que ia ser o tal. O malandro queria sair na coluna social. O malandro ia ser metrossexual.
Leu nos blogs e revistas os tutoriais do malandro moderno. Se inspirou no sex appeal do Javier Bardén no jeito maroto do Jude Law. O malandro agora era um bon vivant. Aparou a barba, limpou a pele, corrigiu as olheiras, bagunçou o cabelo, renovou o guarda roupa, trocou o perfume e começou a malhar. Aprendeu a cozinhar pelo prazer de impressionar. Balanceou a dieta, alinhou a postura e engrossou a voz. Das comédias românticas aos cults non sense, arrumou cinema para todo assunto. Nos melhores bares e bistrôs se tornou camarada dos garçons. Ensaiou versos de algumas canções apaixonantes e, na ponta da língua salvou todos os poemas de amor. Para as mais diversas situações e sensações, tinha uma playlist em stand-by. Estudou massagem e aprendeu a falar bobagem. Das preliminares demoradas as posições mais variadas, tomou nota em todos os pornôs. Estocou velas, incensos e garrafas dos mais saborosos vinhos. E no dia seguinte, como se não bastasse ligar também mandava flores.
Leu nos blogs e revistas os tutoriais do malandro moderno. Se inspirou no sex appeal do Javier Bardén no jeito maroto do Jude Law. O malandro agora era um bon vivant. Aparou a barba, limpou a pele, corrigiu as olheiras, bagunçou o cabelo, renovou o guarda roupa, trocou o perfume e começou a malhar. Aprendeu a cozinhar pelo prazer de impressionar. Balanceou a dieta, alinhou a postura e engrossou a voz. Das comédias românticas aos cults non sense, arrumou cinema para todo assunto. Nos melhores bares e bistrôs se tornou camarada dos garçons. Ensaiou versos de algumas canções apaixonantes e, na ponta da língua salvou todos os poemas de amor. Para as mais diversas situações e sensações, tinha uma playlist em stand-by. Estudou massagem e aprendeu a falar bobagem. Das preliminares demoradas as posições mais variadas, tomou nota em todos os pornôs. Estocou velas, incensos e garrafas dos mais saborosos vinhos. E no dia seguinte, como se não bastasse ligar também mandava flores.
Só podia ser mesmo amarração das brabas, certeza! De catável a casável, malandro agora é o caralho.
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