eu roxeio
tu azulas
ela verdeja
ele amarela
vós alaranjais
eles avermelham
nós arco-íris
fluoreto
sábado, junho 27, 2015
segunda-feira, julho 21, 2014
sdds
Sinto saudades de ser aquele cara que na época, mesmo
pesando dez quilos a menos era se achava gordinho. Sinto saudades de tirar
aquelas selfie com a câmera digital para colocar de avatar na rede social,
muito antes de conhecer a palavra selfie, e muito antes do celular fazer foto e
acessar rede social. Sinto falta de ter tanta coisa pra fazer e conseguir dar
conta. Sinto falta de ver filme nacional. Sinto falta de ver um filme por
semana, ainda que diluído em 20 minutos por dia. Sinto falta dos porres de vinho
sozinho em casa. Das caminhadas no centro pra pensar sobre a vida. Sinto falta
do cachorrão da esquina. Sinto falta do meu cabelo cazuza das minhas camisetas
brancas. Das calças e shorts rasgado. Sinto falta do medo de ter perdido o ultimo
ônibus da noite. Sinto falta dos mensageiros não serem instantâneos. Sinto
falta do combinado ser combinado. Sinto falta da mochila grande. De exceder os
empréstismos da biblioteca. Dos cochilos na volta da faculdade. Sinto falta das
discussões produtivas. Sinto falta das bandas que só eu conhecia. Sinto falta
de acordar cedo no domingo e desenhar no sol. Sinto falta do biscoito de
polvilho caseiro. Do cabelo alisado, de secar o topete. Da calça cenoura, do
all star vermelho. Sinto falta de usar P e de poder comprar na sessão infantil.
Sinto falta de pegar o primeiro onibus do domingo. Dos sapatos sujos de balada.
Dos resultados da academia. Sinto falta da esperança pelo frio da na barriga.
sexta-feira, abril 19, 2013
quarta-feira, abril 17, 2013
Reflexões mcluhanianas de um cabeleireiro

sexta-feira, abril 05, 2013
um instante no futuro
Botou para dentro um gole de café enquanto escrevia sobre o que dominava sua mente naquele instante. Parecia aturdido, talvez fosse pelas preocupações da faculdade ou pressões do trabalho, até quem sabe sua própria mente estivesse num outro lugar. Suas olheiras, a cara abatida e a pele sem viço concordavam.
Tentei olhar para a tela, mas rapidamente minimizou a janela em que digitava. Pude ver a figura que estampava sua área de trabalho: apenas um cinza tão cinza que não me dizia nada. Exceto pela mancha formada pela distribuição disforme de ícones e pastas, não havia nada ali. Talvez um atalho para suas últimas memórias, ou uma planilha de despesas da casa, porém não pude ver. Levantou-se sem perceber que eu estava ali lhe observando, encheu a xícara e foi até a janela. Percebi que suspirou forte, fazia calor. Tomou mais um gole e voltou para o computador.
Finalmente! Parecia escrever um documento sério. Jurava que digitava um conto ou até um script de um filme, enganei-me. Aquilo me parecia à estrutura de um projeto de pesquisa. Isso explica as muitas noites sem dormir. Meu Deus, será que tanto tempo assim se passou? Lembro-me de quando tinha acabado de entrar para a faculdade.
Nos minutos seguintes se levantou mais uma vez, abriu a geladeira, observou por alguns instantes e a fechou com um empurrão, veio até perto de mim, será que ia me repreender? Não. Apenas me ignorou novamente. Desligou o monitor e deitou-se, sem nem me dizer boa noite.
quarta-feira, março 13, 2013
sexta-feira, fevereiro 15, 2013
sexta-feira, fevereiro 08, 2013
segunda-feira, janeiro 21, 2013
esperança
canhotos de rifa e tickets de compras de fim de ano ainda grudados na porta da geladeira, códigos fiscais circulados pelo sonho da casa própria e do carro zero, talvez até do jantar com o artista famoso da tv.
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